Transbordai as cabecinhas inocentes dos cordeiros
com o fluido sacrossanto dos mestres-mestres
Exaltai todos os príncipes nos vossos louvores
Dizei da musa-música escultora dos perfis sem perfídia
Erguei as imagens totêmicas, - mármore e bronze - erguei!
(Adornai-as com búzios e fagotes) nas praças e alamedas
Ah, Senhora dos sons...
Revelai todos os segredos e mistérios dos espaços
Lançai a voz do invisível cosmos, embriagador
Soprai de leve, suavemente, vossos salmos, suavemente...
Se vierdes de longe, Senhora, mesmo de longe
vitalizareis mortais areias dos desertos
- Alimentai-os todos desde o Sol primeiro -
Ah, Senhora dos sons...
Usai do vosso prestígio junto ao Deus
Vibrai tambores pandeiros guitarras
Desfilai acordes puros das fanfarras
Não vos esqueçais da cítara-condão
Abri, Senhora, o coração (derramai a fonte):
- Banhai bem forte as massas encefálicas -
ciência
artes
letras
filosofias
(olímpicas sabedorias!....)
Nenhum comentário:
Postar um comentário